Pais do tipo Big Brother?

Devemos controlar os nossos filhos através do telemóvel (e não só)? é um artigo interessante, no qual ando a matutar há um par dias. Retrata uma realidade que ainda não é a nossa, talvez por termos uma verdadeira, ou aparente, política de proteção de dados – a realidade americana (câmaras nas escolas, nas sala de aula, etc., onde os pais têm acesso às imagens “live”).
Provavelmente, daqui a uns anos mudarei de opinião com uma casa cheia de adolescentes, mas por agora não me passa pela cabeça, mesmo que tivesse acesso, estar sempre a monitorizar os meu filhos, numa primeira abordagem porque não se justifica, porque se pode tornar num tipo de obsessão doentia, num jogo de adivinhar e saber ler atos e reações mudas,  mas principalmente porque cada um, eles e eu, tem o direito a ter o seu espaço e nele interagir naturalmente como e com quem entender (dentro das normas), sem estar a pensar que olhos estarão postos em si e que julgamentos farão. Há qualquer coisa de estranho e perverso nesta redoma, com um, aparente, e forte perímetro de segurança, em que se procura controlar criar os mais pequenos (os seus e os alheios).
Por outro lado, na ótica do professor, as câmaras, só por si, colocadas nas salas de aula, eram capaz de ser um elemento dissuasor de alguns comportamentos!

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